FETAGRO se reúne com instituições para debater impactos da cheia do rio Madeira e declara apoio a agricultores atingidoss
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia, representada pelo vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Cícero, participa de reunião, organizada pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) em iniciativa conjunta com o Ministério Público Federal de Rondônia (MPF/RO), para debater o papel das Usinas Hidrelétricas (UHEs) de Santo Antônio e Jirau na amplificação dos efeitos deletérios da nova cheia histórica do rio Madeira. A reunião acontece nesta tarde, a partir das 14 horas, no auditório da Unir-Centro.
A iniciativa visa reunir diversas instituições que possam contribuir para o dimensionamento dos danos imediatos da cheia e avaliar as reparações prometidas. Propõe discutir a perspectiva da Ação Civil Pública e da decisão liminar da Justiça Federal que responsabiliza o IBAMA pelo subdimensionamento dos reservatórios e determina a realização de novos estudos de impacto ambiental.
A FETAGRO considera de suma importância a realização desta reunião e informa que está construindo agenda, juntamente com o STTR de Porto Velho, com os agricultores atingidos pelas cheias, para assistir a essas famílias. Será discutido com os STTRs de Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim em como apoiar esses agricultores para reestruturarem suas atividades produtivas perdidas, como assegurar sementes, recursos para a aquisição de novos animais, infraestrutura de cerca, construção de carreadores e acessos à propriedade, dentre outras ações. Outra ação a ser priorizada será retomada o diálogo com as famílias do assentamento Joana D'arc, que antes das enchentes já vinham sofrendo com as alagações e que estão em situação muito mais grave do que já se encontravam. E mediante o anuncio feito pela presidenta Dilma Rousseff sobre o perdão das dívidas de financiamento nas áreas alagadas, que beneficiará centenas de pequenos agricultores que têm empréstimo do PRONAF, dentre outros, a FETAGRO e o STTRs irão atuar fortemente para identificar esse agricultores e garantir que acessem esse beneficio.
De acordo com o presidente da FETAGRO, Fábio Meenzes, a primeira ação é apoiar esses agricultores para que possam retomar suas vidas com dignidade e estabelecer uma avaliação dessa matriz energética que está sendo implantada nos rios amazônicos, que demonstrou claramente estar fora do controle humano; e suas consequências são duramente danosas. “Os pobres não podem pagar a conta pelo desenvolvimento que pode não mais encontrar meio ambiente nas próximas décadas se não houver uma mudança radical nessa política”, disse.
Fonte: Assessoria FETAGRO