Campo e cidade de Rondônia no Dia Nacional de Lutas
Na manhã desta quinta-feira (11), os movimentos sindicais e sociais de Rondônia organizaram grandes manifestações na Capital e em mais três municípios ao longo da BR-364, com participação de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, do serviço público e da iniciativa privada, reivindicando mudanças econômicas, políticas e sociais para que se tenha um país melhor, com desenvolvimento, valorização do trabalho, distribuição de renda e justiça social. As manifestações estavam relacionadas ao Dia nacional de Lutas, que propôs a realização de atos conjuntos dos movimentos em todo o País.
Em Porto Velho, com a participação de aproximadamente oitocentos trabalhadores, teve o fechamento e passeata das principais avenidas da cidade e um Ato público em frente ao Palácio do Governo, com entrega de uma pauta estadual para o Governador. No interior as manifestações foram realizadas em Jaru, com a participação de cerca de dois mil trabalhadores (as), com caminhada pelo Centro da cidade e fechamento da BR-364, na ponte, por uma hora e meia. Em Pimenta Bueno, com aproximadamente quinhentos trabalhadores (as), teve passeata pelas principais ruas da cidade e fechamento da BR-364; em Vilhena, com a mobilização de aproximadamente setecentos trabalhadores, houve fechamento da BR-364 por três horas e caminhada pelas principais ruas da cidade.
Os trabalhadores (as) rurais, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (FETAGRO), Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs) filiados a Federação e Via Campesina traziam na pauta de reivindicação o pedido de realização da reforma agrária, o fim da violência no Campo; efetivação imediata da transposição pelo Governo Federal; combate à corrupção em todos os níveis: municipal; estadual e federal; desburocratização do Credito Rural; e a garantia da contra partida anunciada pelo Governo do Estado para o programa Minha Casa Minha Vida Rural.
A pauta estadual ainda contemplava questões do estado relacionadas também aos demais movimentos sindicais e sociais, como: aumento das compensações e indenizações dos trabalhadores demitidos e das famílias atingidas pelas barragens das Usinas construídas no rio Madeira em Porto Velho; não demissão dos 2.500 vigilantes que trabalham nas escolas estaduais; reposição das perdas inflacionários para os servidores públicos; melhoria do atendimento do INSS em Rondônia e duplicação da BR-364.
O presidente da FETAGRO, Fábio Menezes, afirmou que os trabalhadores estavam nas ruas, organizados em todo o país, porque querem que o Brasil avance. “Estamos na rua para continuar mudando o Brasil, avançando nas políticas públicas”. Disse também que este era mais um dia de reivindicar por reforma agrária efetiva, urgente, como forma de manter as famílias no campo, gerar trabalho e renda no meio rural e de aumentar a produção de alimentos para o povo brasileiro. “Pedimos pelo fortalecimento da agricultura familiar com a ampliação e facilitação do acesso ao crédito, infraestrutura, pesquisa e políticas públicas de comercialização e distribuição”, pontuou.
O vice-presidente e secretário de política agrária, Lazinho, disse que "se o trabalhador vai para as ruas é porque a política de desenvolvimento do país ainda não pauta a classe menos favorecida". “O trabalhador vai pra rua porque não chega até ele o resultado da sua cidadania, de seus impostos pagos”, completou. Afirmou ainda que “o modelo de produção colocado no país não é de uma produção sustentável”. Lazinho ressaltou também que a união da classe trabalhadora está nas ruas de todo o país porque querem mudanças e o fim da corrupção.
Dia Nacional de Lutas
O Dia nacional de Lutas foi uma organização e convocação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST) aos movimentos sociais e população em geral para com a promoção de greves e manifestações de protestos que exigiam do Governo e do Congresso Nacional medidas para aprovar e colocar em prática as reivindicações que constam da pauta trabalhista. As principais reivindicações são: fim do Fator Previdenciário, fim do projeto de lei 4330 que amplia a terceirização, fim dos leilões do petróleo, jornada de 40 horas semanais sem redução salarial, mais investimentos em saúde, educação e segurança, reajuste digno para os aposentados, transporte público de qualidade e reforma agrária.
Fonte: Assessoria FETAGRO (com informações da CUT-RO)