FETAGRO aponta problemática em financiamento agrícola no Estado
Foi evidenciada a problemática no acesso ao crédito do Pronaf por agricultores familiares. A conclusão é do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro) Fábio Menezes, após participação na Mesa Redonda da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara Federal, que debateu a atuação das instituições financeiras oficiais em relação a execução do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, ontem (5), Em Ouro Preto do Oeste.
O evento foi coordenado pelo deputado federal Anselmo de Jesus (PT/RO) com objetivo de discutir com os atores envolvidos nas políticas de financiamento agrícola a atuação das instituições financeiras, pois, segundo o parlamentar, “relatos apontaram a obrigatoriedade de aquisição de pacotes de serviços, aplicação em caderneta de poupança de uma parte do crédito recebido, equivalente ao pagamento da primeira parcela do financiamento como precondição para aprovação do crédito”. Além da Fetagro, participaram da mesa redonda representantes das agencias oficiais – Banco da Amazônia e Banco do Brasil, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), de Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e agricultores familiares.
Para o presidente da Fetagro, o debate deixou claro o problema de acesso ao crédito, impedindo os agricultores de aumentarem suas rendas e a qualidade de vida. Fábio denunciou que os bancos têm criado muitas normas e regras que dificultam e, até mesmo, impede o acesso. Como exemplo, citou a venda “casada” de serviços e a demora nas análises e vistorias para liberação. “Condenamos a obrigatoriedade de contratação de serviços como condicionamento para liberação do Pronaf”, afirmou.
Lázaro Dobri, vice-presidente e secretário de política agrária da Fetagro, sugeriu aos bancos que criem uma carteira de crédito agrícola para desburocratizar a análise e liberação do Pronaf. Pediu pela melhora da estrutura e contratação de pessoal para poder oferecer um atendimento diferenciado aos agricultores. “Muitos agricultores moram longe e ficam as vezes o dia todo para serem atendido. É preciso mudar a forma de atendimento, capacitando os funcionários para bem atender aos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, analisou.
Fábio Menezes assegurou que a Federação irá potencializar essa questão nas reivindicações do Grito da Terra Estadual, programado para o próximo mês. “Precisamos de ações concretas e soluções”, disse.
Fonte: Assessoria FETAGRO
Fotos: Assessoria dep. fed. Anselmo de Jesus