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O 6º Congresso da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Confetagro), realizado de 18 a 20 de junho, em Ouro Preto do Oeste, acumulou muitas conquistas para a classe trabalhadora rural. Uma delas foi a aprovação da paridade de gênero.
A secretária de Mulheres da FETAGRO, Izabel Soares Lopes de Oliveira, destacou que o movimento sindical vem construindo há muito tempo a igualdade. “Este é um momento privilegiado para se avançar na construção dos ideais democráticos que sempre nortearam o movimento sindical e construir a igualdade entre homens e mulheres. Vimos no Congresso que os nossos companheiros também querem a paridade”. Agora, segundo Izabel, o desafio será a capacitação, principalmente de mulheres trabalhadoras rurais da base, para que ocupem os cargos de forma qualificada.
Para Alessandra Lunas, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, essa aprovação foi extremamente importante, principalmente por ocorrer nos 20 anos de fundação da FETAGRO. “A Federação de Rondônia tem um histórico importante da participação das mulheres, sempre em situação de igualdade entre homens e mulheres em todos os processos. Quando foi criada, há 20 anos, a FETAGRO já nasceu sendo presidida por uma mulher, que foi a primeira mulher no país a presidir uma federação. Eu fui a segunda presidente mulher e marcamos a história por ser a primeira presidenta jovem na presidência de federação em todo o país”, contextualizou a dirigente.
Segundo Alessandra, ter aprovado a paridade de gênero nos 20 anos da FETAGRO, é uma forma de reconhecimento importante da igualdade entre homens e mulheres nas instâncias da entidade, uma coroação por todo o trabalho desenvolvido nestas duas décadas, e uma conquista, na prática demonstrada pelos 55% do plenário do Congresso composto por mulheres.
O plano de lutas aprovado no Confetagro trouxe muita visibilidade para questões prioritárias, como a autonomia econômica e a organização produtiva de mulheres. Também veio com força o olhar para a organização dos sindicatos no cumprimento da cota, além de significativo debate e aprovação da Secretaria da Terceira Idade. Os 20 anos da Federação demonstra um processo de lutas e conquistas, fazendo marco fundamental no desenvolvimento do estado, em defesa dos interesses dos(as) trabalhadores(as) rurais. |
