30/07/2014
Análise de conjuntura traz reflexão sobre papel da agricultura familiar
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Alessandra Lunas, secretária de mulheres da CONTAG, e Lázaro Dobri, presidente da FETAGRO explanaram sobre o tema e provocaram nos delegados e delegadas a necessidade de uma reflexão mais aprofundada sobre o papel da agricultura familiar no atual contexto socioeconômico. Em sua fala, Alessandra Lunas pontuou sobre o desafio colocado para a agricultura familiar em garantir a soberania e segurança alimentar e nutricional. Questionou qual o papel da agricultura familiar no desenvolvimento. “Discutir reforma agrária, o fortalecimento da agricultura familiar, a renda da agricultura familiar exige de nós uma ação unificada e principalmente de defender o lugar da agricultura familiar, uma vez que estamos em risco. O êxodo rural continua assustador, acontecendo por diversos motivos como a terceirização da terra”, observou. Informou que tem sido um desafio muito grande conseguir colocar na agenda dos governos, a nível mundial, esse debate que é de conseguir dar visibilidade para esse papel da agricultura familiar, principalmente em relação a garantia da soberania alimentar. Afinal, a agricultura familiar garante 70% dos alimentos, mesmo estando em pouco mais de 20% do território. “Ela (agricultura familiar) mostra que tem viabilidade, que ela dá certo, e que se cumprida a função social da terra ela pode fazer uma revolução efetivamente”, exaltou |
Para Lazaro Dobri, é preciso enfrentar esse modelo de desenvolvimento aplicado pelo Estado e que não atendem as necessidades do campo. Ainda segundo ele, esse modelo de agricultura criado pelos governos de Rondônia, de quatro em quatro anos, esta afundando a Agricultura familiar do Estado, uma vez que não dá fomento as cadeias existentes. “Cria-se uma nova cadeia a cada gestão e, assim, pela falta de continuidade não se tem não êxito.
Outra observação do dirigente é em relação a criação de micro industrias. Para ele “a saída não é apenas criar micro indústrias para a agricultura familiar gerando concorrentes entre pequenos produtores e sim organizar e fortalecer o sistema de cooperativismo de agricultores familiares do Estado de Rondônia”, acredita.
Os elementos trazidos na analise vieram justamente para provocar, disse Alessandra. Isso, de acordo coma dirigente, para que nas discussões em grupo durante o estudo do Documento Base, no período da tarde, haja uma capacidade maior de propor ações que também possam ser capazes de incidir do local de maneira estratégica a ter repercussão, inclusive de âmbito internacional.
Fonte: Assessoria FETAGRO
