FETAGRO COBRA DO GOVERNO DO ESTADO AÇÕES MAIS EFETIVAS QUE POSSAM GARANTIR PREÇO JUSTO DO LEITE EM RONDÔNIA
Infelizmente a flutuação do preço do leite é algorecorrente não apenas em Rondônia como também no âmbito nacional. Novamente produtores de leite voltam a enfrentar a situação de baixa nos preços pagos aos agricultores, alémde se notar uma diferenciaçãosignificativa nos preços praticados entre uma empresa e outra, o que nos coloca em alerta do porquê dasdiferenças de valores. Sabemos que parte disso se deve a uma concorrência entre as próprias empresas pelo produto, no entanto é precisoque o preço justo possa ser garantido a todos os produtores, situação estábastante agravada com a alta significativa no preço dos insumos, em especial neste período de pandemia.
Neste sentido, espaçosde diálogo e de compreensão do processo e definição de solução são importantíssimos para se encontrar medidas viáveis para tal situação. Um destes espaços é oCONSELEITE. Finalmente após paralisação de quase dois anos pela dificuldade operacional da recontratação da Universidade que contribuía com o levantamento de dados para ser publicado preços de referência,o conseleite volta a operar e esperamos que já no mês de abril estes valores possam ser divulgados. Mas já em debate na últimareunião do conseleite ficou claro as insatisfações trazidas pelos representantes dos agricultores, e também das indústrias. Foi ainda pautada a situação junto ao CONDALRON, que é oconselho que tem a responsabilidade de aprofundar a problemática do setor leiteiro no estado e propor medidas junto ao estado.
Bem temos aí umamatemática que não fecha, agricultores que reclamam não estar recebendo preço justo que garanta lucros mínimos em sua produção, uma vez queneste mês de março os preços pagos aos agricultores variaram de R$1,20 a R$ 1,70, isso tomando em conta que essa variação pode ser identificada dentro de um mesmo município, neste caso identificamos são Miguel do Guaporé como exemplo, mas temos relatos de agricultores com situações similares nos demais municípios do estado. É possívelse identificar agricultores já se desfazendo de suas matrizes leiteiras por não conseguir manter a produção, indústrias que reclamam alto estoque e dificuldade de venda em virtude da pandemia dentre outros fatores, e ao mesmo tempo vemos que nas prateleiras dos supermercados os preços abusivos que vem sendo praticados tanto na venda do queijo mussarela, principal produto comercializado pelas indústrias, ou mesmo do Leite UHT.
Neste sentido ficam algumas perguntas a seremrespondidas, quem estálucrando com este processo? Quem regula os preços dos produtos nos supermercados? Qual tem sido a ação do PROCON neste sentido? Uma vez que em plena pandemia se estivessem sendo oferecidos preços justos ao consumidor com certeza seria possível aumentar também o consumo, já que com a pandemia sabemos que a condição de renda da maioria das famílias tem chegado a um patamar extremamente baixo, e muitas famílias perderamtotalmente sua renda.
Compreendemos que é preciso avançar em medidas mais efetivas seja no âmbito estadual como no âmbito nacional, e garantir maior regulação de mercado, de forma a não permitir a entrada de leite de outros países no mercado brasileiro, valorizando assim a produção brasileira e também garantindo que o leite com preço justo, possa ser de fato parte da cesta básica de todos os brasileiros.
É precisoainda que as leis que aprovamos ano passado no âmbito estadual, ambos de autoria do Deputado Lazinho da FETAGRO, que exigem que o agricultor receba o valor do preço a ser pago pelo seu leite antecipadamente a entrega e também a lei que convoca todas as empresas que compram leite no estado façam parte do conseleite, sejam devidamente regulamentadas a fim de que se garanta a efetividade das mesmas e assim se possa acompanhar de maneira mais transparente os desafios enfrentados pelo setor de fundamental importância a economia do estado que é acadeia do LEITE.