Na manhã de hoje (09) de agosto de 2024 um ato publico em memoria das vitimas do massacre na fazenda Santa Elina no município de Corumbiara marcou os 29 anos de um dia cinzento, triste e sangrento, conhecido como “Massacre de Corumbiara”, o qual interrompeu o sonho de várias famílias que buscavam o seu pedacinho chão.
De acordo com os relatos dos sobreviventes
era por volta de 3h30 da madrugada, quando policiais militares e jagunços avançaram e cercaram o acampamento, grande parte deles usando máscaras ou com rostos pintados. O ataque iniciou na escuridão da madrugada com holofotes ligados, arremesso de bombas de gás lacrimogênio e rajadas de tiros que avançou até ao alvorecer do dia, e seguiu pela manhã. Depois de dominados, vários detidos passaram por sessões de espancamento e tortura. Ao todo 12 pessoas perderam suas vidas, dentre esses assentados e policiais.
O evento foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Corumbiara em parceria com os demais sindicatos do Regional cone sul, bem como com a igreja católica e adventista, Comissão Pastoral da Terra e outras organizações civis, e contou com a participação de vários agricultores e agricultores familiares e lideranças locais para fazer memória de todas as vítimas que tombaram por terra naquela localidade. Participaram do ato representantes do STTR de Corumbiara, Vilhena/Chupinguaia, Cerejeiras/Pimenteiras, membros da CPT, o Bispo Diocesano de Guajará-mirim Dom Benedito Araújo, o Padre Anilson Ferreira da Paroquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, Teófilo Santana diretor de meio ambiente da FETAGRO e representantes da igreja Adventista.
O memorial construindo está localizado na LH 02 Assentamento Alzira Augusto Monteiro, antiga Fazenda Santa Elina.
Pelas vidas tombadas por terra no Massacre de Corumbiara, reafirmamos nossa luta pela Vida e pela Reforma Agrária.
Redação: Wilians Santana
Fotos : Teófilo Santana
