
Ouvidor Agrário solicita que vistoria do INCRA no Joana D'arc analise inviabilidade do assentamento
Neste sábado (11), o desembargador Gercino José da Silva Filho, ouvidor agrário nacional e presidente da comissão nacional de combate à violência no campo encaminhou solicitação ao superintendente regional do INCRA, Luís Flávio Ribeiro, "para adoção das medidas cabíveis e aplicáveis ao caso" sobre o pedido dos assentados no projeto de assentamento Joana Darc para que "o Incra realize vistoria para constatar a inviabilidade do assentamento para o cultivo agrícola e a criação de animais, considerando a elevação e afloramento do lençol freático, causado pelo lago da usina de Santo Antônio".
A solicitação do Ouvidor Agrário atende reivindicação dos moradores do Joana D'arc que não aceitaram a providência registrada em ata da reunião realizada no INCRA no último dia 26, na qual o superintendente do Incra "esclareceu que o Incra deslocará uma equipe técnica ao projeto de assentamento Joana Darc, no prazo de 15 dias, com a finalidade de fazer o levantamento populacional nas parcelas do referido PA, bem como verificar a situação de escola, saúde e assistência técnica, salientando que após o levantamento encaminhará relatório à Presidência do Incra no sentido de buscar recursos orçamentários/financeiros para resolver a questão em tela."
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR) de Porto Velho, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGRO) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) defendem e estão apoiando a mobilização dos assentados; pois as famílias do assentamento Joana D'arc já comprovaram na prática a inviabilidade da permanência naquela área. Não bastasse todas as estradas estarem intrafegáveis, devido a frequentes pontos de alagamento, que impede o acesso das crianças às escolas e dificulta o transporte até Porto Velho, as plantações e pastagens estão morrendo, devido a elevação do lençol freático, que em muitos lugares fica há centímetros da superfície ou aflora.