MAB discute questão energética, aponta impactos e busca reparações em Encontro Estadual
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Rondônia realiza, desde ontem (13), um Encontro Estadual com objetivo de gerar um debate mais qualificado sobre a questão energética, apontar os responsáveis pelas grandes obras que geram impactos sobre a população de toda a região e de busca conquistar a reparação das injustiças cometidas contra os atingidos pelas barragens do Madeira e também de Samuel, com a construção das hidrelétricas.
O encontro, que termina hoje (14), traz como lema "Trabalhadores do campo e da cidade a lutar por um projeto energético popular", e reúne na Sede Social do Sintero, em Porto Velho, cerca de 300 coordenadores dos grupos de base das comunidades da região, além de movimentos sociais e sindicais e organizações parceiras.
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (FETAGRO) manifesta seu apoio a esse encontro e à luta dos atingidos por barragens, vítimas dos grandes projetos. E ressalta que a luta só será frutífera com a unificação dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
14 de março
O evento faz parte da Jornada Nacional de Lutas que o MAB realiza no dia 14 de março, Dia Internacional de Lutas Contra as Barragens, Pelos Rios, Pela Água e Pela Vida. o MAB realizará por todo o país ações de reivindicação para a criação de uma Política Nacional de Direitos para as Populações Atingidas por Barragens.
Na avaliação do movimento, esta política deve garantir a reparação satisfatória dos direitos dos atingidos por barragens, definir órgãos responsáveis e um fundo de recursos, além de mecanismos para um profundo processo de participação e controle popular. Este é, para o MAB, mais um passo na luta dos atingidos para a construção de um Projeto Energético Popular, que contemple os direitos dos trabalhadores do campo e da cidade.
“Temos com o povo brasileiro o compromisso de denunciar as violações aos direitos humanos que se agravam a cada momento com a construção das usinas hidroelétricas em todo o Brasil, como em Rondônia. Existe um passivo histórico com os atingidos pela UHE Samuel. As usinas de Santo Antônio e Jirau trouxeram consequências lastimáveis às famílias atingidas. Porto Velho, Jaci Paraná, Baixo Madeira e outras regiões sofrem com os impactos gerados pela obra. Precisamos unir forças para conseguir implantar uma política pública que dê um suporte jurídico, legal para os direitos dos atingidos”, afirma Cazu da coordenação estadual do MAB.
Fonte: Assessoria MAB/RO
Edição: Assessoria FETAGRO