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Nova diretoria da CONTAG aponta principais desafios para os próximos quatro anos

11/03/2013
06/05/2015
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Assim que foram eleitos(as), em 8 de março, os futuros diretores e diretoras da executiva da CONTAG destacaram os principais desafios da entidade para a gestão 2013-2017. A nova diretoria tomará posse em 26 de abril, na sede da Confederação, em Brasília. “Temos duas grandes diretrizes. Uma é interna: como nós, CONTAG, FETAGs e STTRs, aperfeiçoaremos o nosso movimento sindical e a nossa estrutura sindical para fazer de fato com que este movimento se torne cada vez mais em uma grande ferramenta de luta nas mãos de milhares de homens e mulheres no campo brasileiro. O segundo desafio é externo: como nós trabalharemos os grandes temas nacionais, como o enfrentamento ao agronegócio e à violência no campo, a luta pela reforma agrária, primando sempre pela autonomia e independência do MSTTR. Além da implementação do nosso Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), que é a nossa grande diretriz política.” – Alberto Broch, presidente reeleito. “A CONTAG precisa persistir na próxima gestão no desafio da realização da luta pela reforma agrária. O outro desafio é como fazer com que, cada dia mais, a agricultura familiar possa representar esse papel tão importante da produção de alimentos. O terceiro desafio é compreender o papel dos assalariados(as) rurais e o da CONTAG com esse público, sendo bem representativa e formuladora de políticas públicas. Pensando do ponto de vista político, temos o desafio de construir políticas para os direitos dos assalariados, melhoramento das políticas para a agricultura familiar e manutenção da juventude no campo com políticas voltadas para a geração de trabalho e renda, bem como das mulheres, que são protagonistas desse campo.” – Willian Clementino, futuro vice-presidente e secretário de Relações Internacionais. “Acredito que os principais desafios colocados para a nova diretoria da CONTAG para os próximos quatro anos são lutar pelo fortalecimento do Sistema CONTAG (Sindicatos, Federações e Confederação) e garantir a unicidade sindical. Então, é fundamental manter esse enfrentamento perante aos desafios que estão postos aos trabalhadores e às trabalhadoras rurais, principalmente no que diz respeito ao modelo de desenvolvimento praticado no campo, e definir o posicionamento do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) quanto ao enquadramento sindical.” – Dorenice Flor, futura secretária geral. Foto: Verônica Tozzi “Os desafios da futura diretoria da CONTAG são: a manutenção da unidade do movimento sindical, apesar das diferenças culturais, políticas e ideológicas existentes na nossa base; qualificar nossa proposta em defesa da reforma agrária, melhorar o diálogo da CONTAG com a sociedade, vencer a bancada ruralista no Congresso Nacional e pressionar o governo Dilma para incluir a reforma agrária entre as prioridades das políticas do governo; consolidar a sustentabilidade político-financeira do movimento sindical, articulando as ações de base com a democratização da gestão sindical; fazer fortes e eficientes mobilizações de massa no enfrentamento ao agronegócio e em defesa do nosso PADRSS.” – Aristides Santos, secretário de Finanças e Administração reeleito. “O primeiro desafio da nova diretoria da CONTAG será a reafirmação junto ao governo federal da pauta da reforma agrária. O segundo desafio será o próprio Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) incorporar essa importante pauta. Afinal, nós sabemos que muitos(as) dirigentes sindicais ainda não entenderam a necessidade de realizar uma ampla e massiva reforma agrária no Brasil. Em terceiro lugar, precisamos fazer com que a sociedade civil entenda o verdadeiro papel da política reforma agrária na construção de um país mais fraterno e solidário para todos e todas.” – Zenildo Pereira Xavier, futuro secretário de Política Agrária. “O desafio principal dessa nova gestão é conseguir avançar mais nas políticas públicas que garantem mais qualidade de vida para os homens e as mulheres do campo, uma vez que os últimos governos, apesar de serem parceiros do movimento sindical, não atenderam a nossa expectativa à altura. Portanto, essa gestão tem o papel de pressionar mais o governo para que ele de fato assuma mais compromissos e responsabilidades com o movimento sindical, a exemplo da reforma agrária, que está muito travada e precisa de uma nova orientação política por parte do governo e um novo posicionamento por parte do MSTTR." – David Wylkerson, futuro secretário de Política Agrícola. “Apesar de termos avançado muito na organização e luta dos assalariados e assalariadas rurais, os desafios ainda são grandes. Grandes porque ainda temos problemas graves, como o trabalho escravo e o trabalho infantil que precisam ser enfrentados. A informalidade é outro problema que exclui os trabalhadores de políticas públicas importantes, como exemplo da Previdência Social. Então, precisamos trabalhar fortemente a formalização dos contratos de trabalho e as negociações de acordos e convenções coletivas de trabalho. Muitos trabalhadores rurais ainda trabalham de forma precária, sem uso de equipamentos de segurança. Por isso, acredito que temos muitos desafios a serem enfrentados nesse setor nos próximos anos.” – Elias D’Angelo Borges, futuro secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais. “Em primeiro lugar, entendemos que o MSTTR deve buscar uma organização interna como forma de dar mais efetividade à nossa representação. Com isso, queremos nos preparar para um grande enfrentamento aos desafios, especialmente na questão do movimento. Precisamos ter uma inclusão maior da agricultura familiar, dos assalariados rurais e de toda essa gama de pessoas representadas nas políticas públicas e, principalmente, buscando redes de comercialização entre campo e cidade, diminuindo essa distância que existe entre a produção e os consumidores para dar viabilidade a produtos saudáveis, produzidos de maneira correta para os consumidores ganharem não só na redução de preços, mas principalmente na qualidade do produto.” – Antoninho Rovaris, futuro secretário de Meio Ambiente. “Os desafios da próxima gestão são adequar sua capacidade operacional e capacidade política de seus diretores e conseguir fazer uma gestão que dê conta desses desafios. Como conseguimos alterar o Projeto Alternativo para que ele possa ser o centro da nossa linha política, como podemos, a partir das resoluções do congresso, dar uma olhada no campo e perceber as atualidades que estão se alterando em função das conquistas e de uma dinâmica que vem acontecendo no meio rural. Como a CONTAG se prepara para orientar, acompanhar e coordenar nossa estrutura a partir dos sindicatos e federações, para que seja uma estrutura adequada do ponto de vista ético, da priorização e de suas ações políticas para que consiga representar os interesses da categoria.” – José Wilson, secretário de Políticas Sociais reeleito. “Acho que poderemos não ter muitos desafios novos, pois já temos desafios postos. Primeiro é manter a CONTAG e as nossas federações dentro da diversidade que nós representamos. Nossa base é bastante diversa e precisamos manter essa estrutura e esse sistema, claro, admitindo algumas mudanças e ajustes. Mas, esse sistema precisa estar cada vez mais fortalecido para dar continuidade ao que já vem sendo feito dentro dessa lógica de que esse conjunto de segmentos pertence ao sistema CONTAG. Fazer a manutenção desse sistema é fundamental e essa diretoria precisa ter clareza de que esse processo precisa ser mantido, preservado e fortalecido.” – Juraci Souto, secretário de Formação e Organização Sindical reeleito. “Acho que são muitos os desafios. Costumo dizer que o desafio maior que temos é inovar em instrumentos de fortalecimento da nossa estrutura sindical e da CONTAG. Um dos grandes desafios internos é seguir mantendo esta organização para continuar representando essa grande quantidade de trabalhadores. Outro desafio da próxima gestão é continuar mantendo o lugar da agricultura familiar na agenda do Brasil e do mundo. É um grande desafio para o próximo período não só manter a CONTAG no tamanho que ela é, mas também conseguir inovar em novos instrumentos de luta que consigam chegar aos trabalhadores e manter o lugar da agricultura familiar e assalariados rurais frente a esse atual modelo de desenvolvimento.” – Alessandra Lunas, futura secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais. “Os desafios são muito grandes. Na próxima gestão, vamos continuar buscando melhor qualidade de vida e trabalho para os(as) jovens trabalhadores e trabalhadoras rurais, além de educação, saúde de qualidade, acesso à terra e ao crédito. Outro desafio será fazer com que a política de reforma agrária realmente atenda a demanda da juventude rural brasileira, para que ela possa permanecer no campo com sustentabilidade. Outro desafio importante será a sucessão rural. Afinal, precisamos garantir políticas que contribuam para a permanência dos(as) jovens nas comunidades rurais.” – Mazé Morais, futura secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. “O primeiro desafio da nova gestão será fazer com que os estados implementem alguns encaminhamentos aprovados no 11º Congresso da CONTAG no que diz respeito à organização da terceira idade. Algumas questões também nos levam a repensar sobre essa forma de organização das pessoas da terceira idade e idosos rurais, como o tratamento aos trabalhadores e aos dirigentes que trabalham essa política, além da oferta de serviços para esse público nas nossas entidades. Precisamos ter esse debate bem presente no MSTTR para nortear o nosso trabalho nos próximos anos.” – Lúcia Moura, futura secretária de Trabalhadores e Trabalhadoras da Terceira Idade.
FONTE: Assessoria CONTAG Fotos: César Ramos

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