Sindicato de Vilhena se soma a luta dos Produtores de leite do distrito de Novo Plano em Chupinguaia
Diante da situação de crise no setor leiteiro que ora assola o estado de Rondônia, a partir da queda de média de R$0,60 centavos por litro pago no mês de março, os produtores em Novo Plano tem se organizado e fortalecido a paralisação do leite, como forma de protesto a necessidade que no momento enfrenta o setor.
Em Rondônia a média de produção de leite por dia chega a 1.600.000 litros de leite. Isso demonstra a importância que cumpre esse setor diante da economia no estado e em especial em cada um dos municípios, sendo que neste processo tem um envolvimento preponderante da agricultura familiar.
Os protestos chamam atenção para atual situação onde os agricultores gritam por valores de preços do leite que pelo menos possa bancar os custos de produção uma vez que nos últimos meses os preços dos insumos usados na criação dos animais subir vertiginosamente enquanto que ao mesmo tempo cai o preço pago ao produtor.
Essa ação busca também dialogar com a sociedade a respeito das dificuldades encontradas, uma vez que a mesma dificuldade passam também diversas famílias que com a pandemia perderam seu poder de compra com a subida dos preços dos alimentos, e o leite é um dos produtos que infelizmente na prateleira do supermercado não baixa nunca.
Neste sentido conclamamos a toda a sociedade a se somar a luta dos produtores neste momento a fim de que juntos possamos cobrar do estado ações mais efetivas na política que rege a cadeia do leite, e desta maneira podemos garantir preço justo tanto pra quem produz, para quem industrializa e também para que chegue aos consumidores, pois vemos que neste meio tem alguem ganhando muito. E não são os produtores e nem consumidores.
Esperamos que nosso grito possa ser ouvido e que a partir do dia 22 de abril quando forem publicados os preços de referência, possamos ter uma negociação justa e que se chegue a um acordo no estado, e este possa garantir uma melhoria desta situação nestes meses de crise que têm sido recorrentes todos os anos. Estaremos juntos com a FETAGRO fortalecendo esse processo de negociação que ora já vem sendo posto na mesa do governo por meio do grupo de trabalho criado junto a SEAGRI com o objetivo de propor ações mais efetivas para esta situação, e também propondo medidas junto a assembléia legislativa no sentido de criar leis que possam refletir uma maior regulação do setor no estado na busca de estabelecer uma política de preço mínimo e subsídios aos agricultores, pois hoje são concedidos apenas às indústrias por meio de algumas isenções.