DIRIGENTE DA FETAGRO PARTICIPA DE INTERCAMBIO NO CHILE
A Secretária de Formação da FETAGRO Rosiléia Inácio participou de um intercambio com a Agricultura Familiar Chilena, promovido pela CONTAG em parceria com MUCECH – Movimento Unitário Campesino e Etnias do Chile e INDAP – Instituto de Desenvolvimento Agropecuário, organizações chilenas que atuam com agricultura familiar. Participaram ainda do intercambio, representantes das demais federações, assessores da CONTAG e a Secretária de Mulheres da CONTAG Mazé Moraes.
O objetivo do intercambio foi à identificação e disseminação de experiências exitosas, construção espaços de trocas de conhecimento e cooperação técnicas entre organizações para fortalecer as experiências dos dirigentes e conhecer outras formas de organização e representação sindical.
No itinerário do intercambio foram visitadas experiências de organização sindical, destacando a visita ao Sindicato de Putaendo, visita a propriedades que trabalham com fruticultura e visita ao Comitê Água Potável – Associação com mil famílias de agricultores que ganharam na justiça o direito de utilizar a água para a agricultura e para o consumo humano, pagando um valor menor que o preço de mercado. Também realizada visita ao Escritório Regional da FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.
“Uma das visitas mais interessantes foi a visita Vinha Santa Adela, que trabalha com a produção de vinhos artesanais, sem o uso de veneno, com a participação dos filhos, em apenas um hectare de terra, preservando a cultura local”, destacou Rosiléia. Outra importante experiência é a Tenda da Agricultura familiar, localizado na Capital Santiago, nas proximidades dos Ministérios, onde são comercializados os diversos produtos da Agricultura Familiar chilena. “É também uma forma do poder publico ver e saborear a produção da agricultura familiar” reforçou a dirigente.
Rosiléia destacou que os agricultores familiares chilenos encontram diversas dificuldades, dentre elas a escassez de água e necessidade de pagar um valor altíssimo para utilizar a água na atividade agropecuária, não acessam políticas publicas de apoio e incentivo a produção, entretanto, as pequenas áreas são todas produtivas.
Ressaltou ainda que o sindicalismo atravessa momentos muitos difíceis, especialmente na defesa dos agricultores, pela construção de políticas publicas e pela estatização da água. Outra demanda política é a realização de uma Assembléia Nacional Constituinte para a construção de uma Constituição Federal que assegure direitos sociais.