Jovens agricultores e agricultoras de todo o Estado estiveram reunidos com compromisso de avaliar, analisar e planejar ações que garantam o fortalecimento da organização e da luta da juventude rural, e reafirmando seu protagonismo no movimento sindical rural e em toda sociedade.

Sob coordenação do secretário de jovens da FETAGRO, Gil Fagundes, o encontro foi marcado por debates que aprofundaram a importância e necessidade da organização e luta da juventude pelo respeito e valorização ao campo e à agricultura familiar, por meio de políticas públicas que venham garantir qualidade de vida e a permanência dos/das jovens no campo.

A juventude contou com a participação e contribuição da secretária nacional de juventude rural/CONTAG, Monica Bufon, do deputado estadual Lazinho da Fetagro, da mestranda em Desenvolvimento Sustentável e Extensão, Bruna Oliveira, e de diretores (as) da FETAGRO. 

Trabalhos em grupo aprofundaram discussões sobre as políticas públicas existentes para a juventude, e o fomento a organização da produção e geração de renda. Também avaliaram os acessos, pontos positivos e dificuldades e apontaram proposições e ações para a manutenção destas políticas (como acesso à terra, crédito, habitação rural, PAA, Pronaf, Educação do Campo, entre outras) que são preponderantes para a permanência dos jovens no campo. A juventude incluiu no debate sua responsabilidade em fazer a luta pela não perda destas políticas, bem como o enfrentamento ao retrocesso de direitos.

Marcou a atividade também a troca de experiências de jovens que já acessam algumas políticas públicas que lhes dão oportunidade e condições de trabalhar e viver na propriedade com mais qualidade de vida. Entre as políticas acessadas e partilhadas, estão o PAA, PNCF e o curso de Licenciatura em Educação do Campo.

Debatedores

O deputado estadual Lazinho da Fetagro e a vice-presidente da FETAGRO, Alessandra Lunas, dividiram um momento de análise de conjuntura política, e contribuíram com debates acerca dos impactos da política na vida de jovens agricultores e agricultores familiares. Reconheceram o protagonismo da juventude rural na organização e luta pelo desenvolvimento rural sustentável e solidário e pela justiça social, com valorização da democracia e garantia de direitos, e destacaram a importância e responsabilidade do público jovem hoje para que seja alcançado um futuro justo e digno a todos e todas.

Os diretores Fábio Menezes e Márcio Viana fizeram um resgate da participação da juventude no MSTTR e das principais políticas conquistadas pelo movimento sindical, e reforçaram a importância da organização para a permanência e conquistas de novas políticas. Os dirigentes levaram os participantes a refletir e a identificar os desafios da participação da juventude no MSTTR.

A secretária de organização e formação sindical, Rosiléia Inácio, trabalhou conceitos da política e a trajetória do projeto político do MSTTR. O debate também foi conduzido para a reflexão e deliberação quanto a inserção e atuação da juventude rural na política.

Monica Bufon, secretária nacional de jovens, foi incisiva em dizer que há um desafio muito grande a ser alcançado pela juventude e, por isso, não se permite falta de organização, união e luta. Mônica ressaltou a força e garra dos jovens junto ao Movimento Sindical e seu protagonismo nas lutas e conquistas.   

Festival

Outra deliberação da Plenária foi em relação a edição deste ano do Festival Estadual da Juventude Rural, principal ação de massa dos jovens agricultores e agricultoras no Estado. A juventude definiu que o 20ª edição do Festival será realizada no município de Vilhena e trará como tema “Juventude Rural a Hora é Agora!” e como lema “Juventude Unida Protagonista de sua História”.

A juventude do MSTTR está decidida de que a luta não vai parar! Ainda mais conscientes da necessidade de organização, mobilização e luta, os jovens encerraram a Plenária comprometidos com o fortalecimento do movimento e com o enfrentamento aos desafios impostos pela gestão do atual governo federal e contra os retrocessos de direitos.

O Festival propõe um momento de reflexão e diálogo acerca da sustentabilidade no campo para os jovens e também de integração da juventude rural de Rondônia com atividades culturais e esportivas, mas também tem sido um grande espaço de articulação política para o fortalecimento e permanência dos jovens no campo.