FETAGRO parabeniza a luta dos cafeicultores e comemora a suspensão da importação do café
A FETAGRO, em nome dos agricultores produtores de café robusta (conilon) comemora a suspensão provisória das autorizações dadas esta semana para a importação de café pelo Brasil. A decisão foi tomada na noite de terça-feira (21), após fortes protestos dos produtores com atos nas rodovias federais em diferentes estados e articulação junto aos deputados federais ligados a cafeicultores.
Em Rondônia, as manifestações ocorrem na semana passada e nesta terça-feira, durante todo o dia, na BR 364, no trevo de acesso aos municípios da Zona da Mata. A FETAGRO apoiou incisivamente as manifestações, reforçando que a medida proposta pelo governo Michel Temer resultava, tão somente, na diminuição do preço do café; prejudicando e desvalorizando os produtores.
O Estado de Rondônia, um dos maiores produtores do país, esteve representado nas discussões em Brasília para impedir a votação, que estava prevista para ontem, pelo presidente da Câmara Setorial do Café de Rondônia, Ezequias Silva Neto (Tuta), apoiado pela bancada federal. Outra importante ação em defesa dos cafeicultores foi a Moção de Repúdio à medida, apresentada pelo deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT) e aprovada por unanimidade pelos deputados na Assembleia Legislativa.
O presidente da FETAGRO, Fábio Menezes, parabenizou a todos os envolvidos pela luta e agradeceu o apoio da Câmara Setorial do Café e classe política. Porém, Fábio alerta que a articulação em defesa da não importação do café precisa ser mantida, uma vez que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá fazer novos levantamentos de estoques.
A proposta de importação
Duas resoluções, reduzindo a tarifa de importação e autorizando compras do Vietnã, haviam sido publicadas no Diário Oficial da União no início da semana. Por orientação do Ministério da Agricultura, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) havia liberado a inédita importação de café robusta no Brasil, sob alegação de que indústrias reclamam de escassez do produto. Mas os agricultores produtores de café dizem que a justificativa não tem sustentação e contestaram os dados, afirmando haver sim estoque suficientes para o mercado nacional, além do início da safra nos próximos 30 dias.