Jornada Temática de Educação do Campo na região Norte aponta desafios para o MSTTR
A segunda Jornada Temática de Educação no Campo na região Norte debateu nesta semana, de 15 a 18, questões fundamentais para o desenvolvimento de todo o Brasil: a educação da população que vive no interior do Brasil, no sertão, nos pampas, nas florestas e nas águas. De acordo com o secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson Gonçalves, o grande desafio colocado em discussão é como efetivar as conquistas de educação do campo.
“Nós do movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais precisamos elaborar ações para conseguir que o poder público execute as políticas já estabelecidas para educação no campo. Para isso, é preciso preparar nosso movimento para atuar nos espaços públicos, nos conselhos estaduais e municipais de educação, junto às universidades e também junto às secretarias de Educação dos estados”, explicou José Wilson.
A Jornada foi realizada em Manaus e contou com 80 participantes, entre trabalhadores rurais e extrativistas, educadores populares, dirigentes e assessores sindicais dos estados do Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre. Rondônia esteve representada por um grupo de 20 integrantes, a maioria lideranças sindicais ligadas a FETAGRO e aos STTRs. Integraram o grupo os diretores da FETAGTRO Ecimar Viana, secretário de políticas sociais, e Rosiléia Inácio, secretária de formação e organização sindical.
Um dos principais objetivos é contribuir para a formação do movimento sindical para uma atuação mais forte junto às prefeituras, assembleias legislativas e governos estaduais. Essa atuação é fundamental para que questões como a formação técnica, profissional e superior sejam colocadas em prática, além do enfrentamento ao fechamento de escolas e a exigência da abertura de novas estruturas escolares, com professores preparados para a realidade do campo e com material e conteúdo adequados á pedagogia da alternância e das realidades culturais de cada região.
“Estamos aqui para pensar como podemos construir um projeto pedagógico que esteja alinhado à realidade do campo, uma proposta que dialogue com o território onde as pessoas vivem, morem, produzem. A educação tem o papel de preparar as pessoas para viver no campo de maneira digna, com consciência crítica sobre o atual modelo de produção que degrada, que polui, que envenena as águas, os solos, as plantas, um modelo que foca a produção no agronegócio para atender demandas de mercado e não levam em consideração a vida e a cultura da população. A educação precisa fazer uma formação crítica para que as pessoas exerçam sua cidadania e saibam qual o papel deles na sociedade”, aponta o secretário de Políticas Sociais da CONTAG.
As Jornadas Temáticas de Educação no Campo fazem parte do projeto da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA) sobre desenvolvimento territorial com ênfase em educação no campo.
FONTE: CONTAG